Apostila escrita e publicada por Dom Vito Alberti Lavezzo, sob orientação do Papa Bento IV.

AULA 6 - Acolitar (cerimoniário e turiferário)

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AULA VI - Acolitar (cerimoniário e turiferário)

Apesar de não ser uma função exclusiva do diácono, a função de acólito deve ser aprendida em seus mínimos detalhes, pois esta é uma das funções mais importantes de se desempenhar em uma missa, visto que o acólito é aquele quem promove toda a organização da celebração e fornece auxílio ao celebrante.

O formador deve aplicar esta aula em uma celebração "treino" da Santa Missa.

CERIMONIÁRIO

O cerimoniário é responsável por auxiliar o celebrante e promover a organização da missa.

Abaixo estão listadas as situações em que o cerimoniário deverá entrar em ação, para que ocorra uma celebração litúrgica como as normas mandam.

BÁCULO

NOS RITOS INICIAIS

O Bispo usa habitualmente o báculo na procissão, ao chegar diante do altar o acólito recebe e segura o Báculo.

NA LITURGIA DA PALAVRA

Caso um concelebrante proclame o Evangelho, o Bispo usa o báculo para ouvir a leitura e fazer a homilia, para receber os votos, as promessas ou a profissão de fé; Nesse caso o Acólito entrega o Báculo a ele. E após o Bispo concluir esses atos, o acólito recebe o Báculo novamente.

NOS RITOS FINAIS

E finalmente para abençoar as pessoas, para a benção final o Acólito entrega o Báculo ao Bispo.


MITRA

NOS RITOS INICIAIS

O Bispo usa a mitra:

1. Na procissão de entrada até chegar diante do altar, onde antes do Vênia o Acólito retira a Mitra de sua cabeça.
2.Quando está sentado;
3. Quando faz a homilia;
4. Quando faz as saudações;
5. As alocuções e os avisos, a não ser que logo a seguir tenha de tirar a mitra; quando abençoa solenemente o povo; quando executa gestos sacramentais; quando vai às procissões.

O Bispo não usa a mitra:

1. Nas preces introdutórias
2. Nas orações; na Oração Universal
3. Na Oração Eucarística
4. Durante a leitura do Evange­lho
5. Nos hinos, quando estes são cantados de pé
6. Nas procissões em que se leva o Santíssimo Sacramento ou as relíquias da Santa Cruz do Senhor; diante do Santíssimo Sacramento exposto.
O Bispo pode prescindir da mitra e do báculo quando se desloca dum lugar para outro, se o espaço entre os dois for pequeno. Quanto ao uso da mitra na administração dos sacramentos e dos sacramentais, observe-se, além disso, o que adiante vai indicado nos respectivos lugares. (Cerimonial dos bispos, 60)
"O Bispo, ao chegar junto do altar, entrega o báculo ao ministro, depõe a mitra, e faz inclinação profunda ao altar, ao mesmo tempo que os diáconos e os outros ministros que o acompanham. Depois, sobe ao altar e beija-o, juntamente com os diáconos." (Cerimonial dos bispos, 131)

MISSAL

NOS RITOS INICIAIS

Quando o Presidente da Celebração diz: OREMOS. O acólito se coloca diante dele com o Missal aberto na página da Oração do Dia. Ao concluir com o Amém da Assembléia se fecha o Missal.

NA LITURGIA DA PALAVRA

Na liturgia Eucarística costuma-se deixar o Missal num suporte sobre o altar. Mas caso na Igreja não faça o uso do suporte, o acólito se responsabiliza de segurar o Missal durante a liturgia Eucarística.

NOS RITOS FINAIS

Aqui se apresenta o Missal ao Celebrante quando o mesmo diz: OREMOS. O acólito se coloca diante dele com o Missal aberto na página da Oração Pós-Comunhão. Ao concluir com o Amém da Assembléia se fecha o Missal

TURIFERÁRIO

O turiferário é o responsável por manipular o turíbulo durante a celebração.

Abaixo estão listadas as situações em que o turíbulo deve ser usado, para que o turiferário possa entrar em ação.

NOS RITOS INICIAIS

Se a celebração for uma solenidade ou festa usa-se o Turíbulo, e como acólito responsável pelo manuseio do Turibulo na celebração ele inicia exercendo sua função de turiferário antes da procissão de entrada, apresentando o Turibulo aberto e o Naveteiro apresenta a Naveta ao presidente da celebração para que ele coloque o incenso e abençoe.

Ao chegar no presbitério, mais uma vez se usa o turibulo, após o beijo do presidente da celebração no altar, o acólito se aproxima dele e entrega o turibulo (caso seja necessário mais incenso, apresenta o turibulo aberto para que seja colocado) para incensar o altar (e alguma imagem de Santo que esteja sendo Festejado ou o Presépio com o menino Jesus).

Vale deixar claro que se houver a presença de Diácono, o acólito passa o turibulo para ele entregar ao Presidente da Celebração.

NA LITURGIA DA PALAVRA

Aqui o turibulo é usado apenas uma vez, para incensar o Santo Evangelho. Antes da proclamação o acólito (turiferário) e o naveteiro se coloca de Joelhos diante do Presidente da celebração (que estará na sede ainda sentado) e apresenta o turibulo aberto para que ele coloque incenso e abençoe.

O acólito se dirige para próximo do ambão e aguarda o momento de entregar o turibulo a quem for proclamar o Santo Evangelho.

NA LITURGIA EUCARÍSTICA

Aqui o uso do Turibulo será maior. Durante o canto das oferendas, após os acólitos levarem o vinho e água para o sacerdote, o turiferário e naveteiro se dirigem ao mesmo fazendo a vênia, ao pôr incenso, o naveteiro se retira e o turiferário acompanha o sacerdote novamente, que incensará o presbitério, depois o mesmo incensa o sacerdote e a assembléia com 2 ductos de 3 ictos. (meio, esquerda e direita). Ao incensar a assembléia faça um gesto para que fiquem de pé, depois faça a vênia e dê três lances duplos sempre na mesma ordem, antes de se retirar faça novamente a vênia.

NA TRANSUBSTANCIAÇÃO

O turiferário e naveteiro, se colocam diante do altar (fazem reverência), durante o Santo proclamado, caso seja cantado no término. Quando o presidente da celebração fizer a transubstanciação, deve-se ajoelhar, em seguida o naveteiro coloca rapidamente 3 colheres de incenso no turíbulo. Durante a narrativa da ceia, quando o sacerdote elevar a hóstia consagrada, o turiferário incensa 3 ductos de 3 ictos, depois incensa novamente na elevação do cálice. Após a narrativa da ceia ambos se colocam de pé, fazem a reverência e se retiram, guardando o turíbulo e naveta. Mantenha o silêncio, devido este ser o momento crucial da santa missa, em que ocorre o grande Mistério da nossa Fé.